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Mãe de atleta que sofreu golpe vai à Justiça: “Já choramos muito”

By 11 de outubro de 2024No Comments

A mãe de um dos alunos da Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (Cetefe) que sofreram golpes decidiu procurar a Justiça. O filho dela teria sido forçado a fazer dois empréstimos de R$ 15 mil para uma mulher, que seduziu e enganou diversos jovens. Conforme revelou o Metrópoles no início da semana, a jovem, de 23 anos, estaria abordando atletas de Futebol de 7 do Cetefe para enganá-los.

No caso específico do rapaz que afirma ter perdido cerca de R$ 30 mil, a mãe diz que a golpista foi buscá-lo na porta de casa, no Itapoã, e o levou até duas agências em Sobradinho. A suspeita teria se aproveitado da insuficiência intelectual do rapaz para convencê-lo a fazer tudo. “Ela o convenceu a fazer um cartão de crédito e um empréstimo, alegando que aquilo seria necessário para uma vaga de emprego e que devolveria o dinheiro posteriormente”, disse a mãe da vítima ao Metrópoles.

“Estamos entrando na Justiça contra a suspeita e também contra os bancos, porque ela foi com meu filho em duas agências e os funcionários puderam ver que ela não tinha nada a ver com ele. Eles deveriam ter ao menos desconfiado”, comenta a mãe do jovem de 27 anos.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) marcou audiências entre os envolvidos para o fim de novembro e o início de dezembro. “Enquanto isso, tenho que ir pagando as dívidas, né?! Elas vão só chegando e se acumulando”, lamenta a mãe.

“Meu filho está chorando muito. Todo mês ele tinha o dinheiro do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e, por causa dos empréstimos, o valor é descontado. Agora ele vai viajar com o pessoal do futebol e vai ter que comprar meião, chuteira, levar dinheiro para almoço, lanche, essas coisas. Ele ficou sem nenhum centavo. Está desesperado. Já choramos muito, toda mãe tomam as dores do filho.”

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso. A delegada-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Íris Helena Rosa, informou que a apuração está em andamento. Pelo menos três jovens teriam sido vítimas dos golpes. “Ainda estamos ouvindo os envolvidos. Precisamos avançar para entender melhor as versões deles, além dos elementos materiais”, declarou ao Metrópoles.

O Cetefe teve conhecimento do caso e confirma a reunião entre alunos, pais e professores ocorrida na semana passada, revelada na primeira reportagem. Nathália Cavalcanti, gestora da escola, afirma que a associação tem dado suporte aos envolvidos. “Além disso, passamos o caso para docentes de outras modalidades e pedimos que nos repassem qualquer informação relacionada a isso”.

A diretora comentou que acredita que a golpista ainda esteja atuando. “A gente desconfia que algum aluno ainda tenha contato com ela. Pode ser que alguns deles não tenham percebido que trata-se de um golpe. Ela usa vários números, com fotos diferentes”, explicou à reportagem.

O Metrópoles fez contato telefônico com a suspeita, que atendeu e desligou em seguida. Depois, a jovem não respondeu mais. O espaço está aberto para possíveis manifestações.

Técnicas de abordagem

Segundo familiares dos jovens que fazem aula de Futebol de 7 no Cetefe, a jovem vem aliciando os rapazes há cerca de três meses. Ela tem várias formas de abordá-los. A alguns, ela oferecia emprego e dizia que precisava de dados sensíveis para fazer um cadastro; para outros, chegava a falar que queria namorar com os rapazes para contar com a confiança deles.

A gestora Nathália revela que dois alunos quase se desentenderam após a golpista ter dito que era namorada deles. “Eles tiveram um princípio de discussão durante a reunião por causa disso, mas conseguimos explicar que tratava-se de um golpe.”

Em vários casos, a suspeita marcou reuniões presenciais com as vítimas para ter acesso ainda mais facilitado a dados pessoais.

Chocada com a frieza dos golpes, a mãe de uma das vítimas lamenta o fato de a autora ter se aproveitado da vulnerabilidade de pessoas com deficiência. “Foi de uma maldade gigante. Esses meninos são super carentes, porque, às vezes, não têm uma inserção correta na sociedade. Alguns deles nunca namoraram”, lamenta.

“A nossa vida é tão desafiadora, nós abrimos de mão de tantas coisas para cuidar de nossos filhos… acabamos de passar pelo Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e recebemos isso de presente.”

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe