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‘Milagre ter sobrevivido’: saiba como foi acidente de mãe que teve o cabelo preso em sugador de piscina e cervical quebrada no RS

By 7 de março de 2025No Comments

Flaviane Dias Cumerlato teve a vértebra C5 fraturada e as C6 e C7 quebradas. Caso aconteceu no começo de fevereiro. Empresária passa por recuperação. Flaviane Dias Cumerlato
Arquivo pessoal
Era para ser um momento de lazer e diversão com a família em uma casa de aluguel temporário em Capão da Canoa, mas um acidente inesperado quase tirou a vida da empresária Flaviane Dias Cumerlato. De acordo com ela, tudo começou com um simples erro de segurança: o cabelo da empresária foi sugado pela bomba da piscina, causando uma fratura em sua cervical e colocando a vida em risco.
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Flaviane Dias Cumerlato
Arquivo pessoal
“Foi um milagre ter sobrevivido e não ter perdido os movimentos”, relata Flaviane, que ainda está se recuperando das consequências do acidente.
A força da bomba causou um movimento abrupto em seu corpo, que foi jogado para trás, fraturando a vértebra C5 e quebrando as C6 e C7 da cervical.
“Você corre o risco de ficar tetraplégica. O seu osso está fora do lugar e a milímetros da medula”, foi o que a empresária de 33 anos ouviu do médico após a tomografia da cervical.
Como foi o acidente
Era 1º de fevereiro de 2025. Flaviane, seu esposo e filhos haviam alugado uma casa para aproveitar o verão. A piscina parecia o lugar perfeito após um dia inteiro na praia. Veja o vídeo abaixo.
Flaviane Dias Cumerlato antes de acidente em piscina
Depois de uma hora brincando na água, o marido da empresária e as crianças saíram da piscina, enquanto a mulher atendia uma ligação da mãe. Quando a conversa terminou, Flaviane planejava sair da piscina. Como não queria mergulhar, jogou a cabeça para trás para apenas molhar o cabelo – e foi neste momento que tudo aconteceu.
“(O sugador) me puxou com tudo e eu fiquei presa ali embaixo. Fiquei tentando puxar e eu jurava que ia morrer afogada”, conta.
O marido e as crianças estavam na sala da casa alugada.
“Consegui tirar um pouco de cabelo e coloquei a boca um pouquinho pra fora e gritei ‘socorro’. E aí eu afundei de novo”, relata.
Inicialmente, o companheiro de Flaviane acreditava que ela estaria brincando, mas percebeu a gravidade da situação quando a mulher não respondia de volta.
Segundo ela, “com a maior força que ele jamais usou”, o marido conseguiu puxá-la de volta à superfície e tirá-la da piscina – atitude essa que os médicos alertaram que poderia ter sido fatal para a empresária devido às vértebras quebradas.
Flaviane conta que não tinha forças. Ela diz não ter conseguido andar e se mexer.
Foi chamada uma ambulância e ela foi levada para o hospital de Capão da Canoa, já imobilizada. Lá, os médicos descobriram que ela havia fraturado as vértebras C5, C6 e C7 de sua cervical, colocando sua medula em risco.
“Eu chorava de dor, falava que tava doendo muito minhas costas, que eu não sentia minhas costas, não sentia meu pescoço”, conta.
Flaviane Dias Cumerlato imobilizada com colete cervical
Arquivo pessoal
Cirurgia
De acordo com o relato da moradora de Canela, na Serra, cerca de 12 horas depois ela foi transferida para Porto Alegre.
“Foram cinco médicos segurando no meu pescoço, no meu corpo, tudo para não ter movimentação nenhuma, que o mínimo movimento ali poderia chegar na medula e eu poderia ficar, como eles falavam o tempo todo, tetraplégica. Era por um pouco”, relembra.
Na Capital, Flaviane precisou ficar imobilizada ainda mais cinco dias, pois, segundo ela, o plano de saúde “não queria liberar os equipamentos que o médico queria utilizar na cirurgia”. A operação aconteceu apenas no dia 7 de fevereiro, completando um mês nesta sexta-feira (7).
Flaviane foi então estabilizada e começou sua recuperação, que se estenderia por semanas. Ela recebeu alta do hospital no dia 11.
Flaviane Dias Cumerlato em recuperação após cirurgia
Busca por Justiça
Flaviane agora busca justiça contra a proprietária da casa de aluguel onde o acidente aconteceu. De acordo com a empresária, ela entrou em contato com a dona da propriedade, comunicando o que havia acontecido e solicitando o reembolso das diárias não utilizadas devido ao tempo que passou no hospital.
Além disso, pediu ajuda com os custos hospitalares, que teriam somado uma diferença de quase R$ 12 mil, já que o plano de saúde não cobria toda a estrutura necessária para sua cirurgia e internação.
No entanto, não houve um retorno da proprietária, segundo relato.
Para Flaviane, a negligência na segurança da piscina, que resultou em sua fratura cervical, é uma responsabilidade direta de quem aluga a propriedade.
“Quando se é responsável por um prédio, um hotel, alguma coisa, é responsabilidade da pessoa, da insegurança. Imagina, você paga uma diária de R$ 2 mil em uma casa, você vai dar um mergulho e quase morre, quebra cervical, fica paralisada”, desabafa.
A Lei nº 14.327/2022 determina normas para garantir a segurança em piscinas, desde a fabricação até o funcionamento. Segundo a legislação, “é obrigatório para todas as piscinas e similares, existentes e em construção ou fabricação no território nacional, o uso de dispositivos de segurança aptos a resguardar a integridade física e a saúde de seus usuários, especialmente contra o turbilhonamento, o enlace de cabelos e a sucção de partes do corpo humano”.
“É uma telinha de proteção que não deixa sugar o cabelo, e isso pode salvar tantas vidas”, comenta Flaviane.
Recuperação
Flaviane Dias Cumerlato em recuperação após cirurgia
Hoje, a mulher se encontra em um processo lento de recuperação. Apesar de já ter iniciado a fisioterapia e estar longe de suas atividades diárias, ela ainda enfrenta limitações no movimento do pescoço e na sensibilidade dos dedos.
“A gente não sabe se com o tempo vou conseguir ou se vai melhorar. Provavelmente, 100% nunca mais terei”, analisa a empresária.
Além das dificuldades físicas, Flaviane enfrentou um grave trauma emocional, especialmente ao ver a reação de sua filha de 4 anos, que, conforme a mulher, desenvolveu uma crise de pânico após presenciar sua mãe sendo levada em uma ambulância.
Ainda no impacto financeiro, Flaviane perdeu passagens aéreas para uma viagem de férias nos Estados Unidos, não conseguiu reembolso e ainda teve que arcar com os custos hospitalares extras.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe