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PCDF prende integrante de bando da Rainha do Gado por posse de arma

By 8 de outubro de 2024No Comments

Durante o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão em imóveis ligados a oito suspeitos do bando da “Rainha do Gado” – professora da rede pública de ensino do Distrito Federal que comandava um esquema de fraudes contra bancos públicos e privados e lavagem de dinheiro –, um suspeito foi preso em flagrante por posse de arma de fogo e munição de uso restrito.

A segunda fase da Operação Rainha do Gado ocorreu na manhã desta terça-feira (8/10) e contou com 50 policiais da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), que fizeram buscas na região administrativa, em Arniqueiras, no Gama, em Águas Lindas (GO), na Cidade Ocidental (GO) e em Valparaíso (GO).

A organização criminosa tinha base em Brazlândia e liderada por Vanesia Maria Rodrigues de Araújo, presa durante a primeira fase da operação, em 18 de junho último.

De cunho familiar, a estrutura criminosa contava com outros parentes da líder do bando, que hoje responde em liberdade, bem como de gerentes e empregados de bancos. Atualmente, 18 pessoas são investigadas por fazer parte do grupo criminoso.

Os mandados visam reunir ainda mais elementos de informação para confirmação das fraudes, com possibilidade de os envolvidos responderem por organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de crimes contra o sistema financeiro, contra a ordem tributária e contra a administração pública. Somadas, as penas pelos delitos podem levar a 50 anos de prisão.

Por meio de nota, o advogado Og Pereira informou que “a professora Vanésia é a principal interessada na apuração dos fatos” e que, “por isso mesmo, tem prestado total colaboração com todas as autoridades, desde o início das investigações”. “Além disso, por confiar plenamente Justiça, tem certeza de que, ao fim, restará provada a inocência dela e dos familiares”, completou a defesa da investigada.

Confira imagens da operação:

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PCDF/Divulgação

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PCDF/Divulgação

Servidores aliciados

As investigações detalharam que servidores da Fundação Educacional do Distrito Federal (FEDF), principalmente professores e agentes de serviços gerais, eram aliciados pelo bando comandado pela professora aposentada.

A esses “clientes”, eram oferecidos empréstimos bancários a partir da falsificação de contracheques dos servidores do Executivo local, com aumento do salário bruto do beneficiário do esquema para que a margem de crédito fosse maior.

A adulteração iludia a instituição financeira responsável pela concessão do empréstimo e gerava um crédito acima da capacidade financeira da vítima.

Depois, para a aprovação dos empréstimos, a líder do bando exigia uma porcentagem de participação sobre o valor obtido pela instituição financeira, que girava em torno de 5% a 20% do total emprestado.

Gerentes de bancos e ex-criminosos

Após um ano e meio de investigação, a 18ª DP constatou que o esquema operava em Brazlândia com auxílio de gerentes e funcionários das instituições bancárias e com a participação de criminosos com histórico de tráfico de drogas, estupro, roubo e furto.

Segundo as investigações, gerentes de um banco público e de bancos privados estavam envolvidos no esquema, facilitando a obtenção dos empréstimos com a cobrança de juros abaixo do mercado, por meio da concessão de financiamentos imobiliários. Os gerentes também teriam conhecimento do uso de documentação fraudulenta para conseguir os créditos.

Além disso, os investigadores identificaram que o esquema funcionava com três tipos de envolvidos dentro da organização criminosa, sendo eles:

  • Os “corretores”, responsáveis por aliciar os servidores da Educação do GDF e oferecer condições de crédito ilícitas aos beneficiários finais dos empréstimos;
  • Os “fraudadores”, responsáveis por falsificar notas fiscais, procurações, escrituras de imóveis, dentre outros documentos, para fundamentar documentalmente o empréstimo concedido; e
  • Os “intimidadores”, os integrantes mais perigosos do grupo, responsáveis por ameaçar os “clientes” que tentavam desistir de obter o empréstimo fraudulento oferecido.

Movimentação milionária

De acordo com informações de relatórios de inteligência financeira produzidos na primeira fase da operação, o grupo movimentou a quantia de R$ 32,7 milhões em transações atípicas, apesar da renda mensal declarada da professora do GDF e líder do grupo ser de R$ 9.433,34.

Com a segunda fase da operação, verificou-se a movimentação de outros 12 milhões de reais supostamente ilícitos, em período inferior a um ano, gerando um total movimentado de R$ 54,5 milhões nos últimos 5 anos.

O dinheiro ilícito obtido por meio do esquema fraudulento sustentava o padrão de vida do grupo criminoso e era utilizado para adquirir empresas.

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe