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PI é o 4º estado com mais mortes por Aids diagnosticada tardiamente; entenda a importância da testagem

By 1 de dezembro de 2024No Comments

Mais de 600 pessoas morreram com Aids no estado nos últimos anos, e um levantamento mostrou que 10% dos casos em 2022 foram de vítimas que não estavam na rede de cuidados em HIV, vírus causador da doença. Cerca de 2,8 mil velas são acesas durante evento do Dia Mundial da Aids em Jacarta, em 2009
Dadang Tri/Reuters
O Piauí é o 4º estado do país com mais mortes por Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, em inglês) diagnosticada tardiamente, segundo o Boletim Epidemiológico HIV e Aids 2023 do Ministério da Saúde (MS), divulgado em dezembro do ano passado. Neste domingo, 1º de dezembro, data em que é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o g1 relembra o dado e fala sobre a importância da prevenção, testagem, diagnóstico e tratamento contra o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).
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O HIV é o vírus causador da Aids. Quando há infecção, ele enfraquece o sistema imunológico, que protege o corpo contra doenças, e se replica. Após algum tempo, podem ser semanas, sem o tratamento, podem ocorrer sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor de garganta e fadiga.
Além disso, a baixa imunidade permite o aparecimento de doenças chamadas oportunistas, porque se aproveitam da fraqueza do organismo para se manifestarem, que podem levar à morte. Por isso, evitar a contaminação ou, quando isso não ocorre, procurar um diagnóstico e tratar, em caso de positivo, é fundamental.
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Mais de 600 pessoas morreram com Aids no Piauí entre 2019 e junho de 2023, apontou o Boletim Epidemiológico do MS. Segundo o levantamento do órgão, 10% dos casos registrados em 2022 vieram do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).
Isso indica que as vítimas tiveram diagnóstico tardio e não estavam inseridas na rede de cuidados em HIV e Aids, pois não estavam notificadas nos sistemas de Controle de Exames Laboratoriais de CD4+/CD8+ e Carga Viral do HIV (SISCEL) e no de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom).
“É um dado terrível, que pode ser completamente modificado. É preciso quebrar o tabu de se falar de sexualidade. Quando se fala de forma técnica, profissional, entra na área de saúde sexual”, disse coordenadora estadual dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), Cristiana Rocha.
“Ser infectado com HIV não significa o fim. A medicação é altamente eficiente e, se a pessoa faz o tratamento, tem acompanhamento, a tendência é ficar indetectável, com a quantidade de vírus tão pequena que ela nem adoece e nem transmite para outras pessoas”, completou.
Onde fazer o teste
Autoteste de HIV em Unidade Básica de Saúde (UBS)
PMM/divulgação
O SUS oferece gratuitamente testes para diagnóstico do HIV, basta procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). No Piauí, há CTAs em Teresina, Parnaíba, Piripiri, Floriano e Oeiras. Na capital há ainda o Hospital Natan Portella.
Nos CTAs, os exames podem ser feitos de forma anônima e, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, para facilitar a correta interpretação do resultado. Há dois tipos de testes:
Rápidos: podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue na ponta do dedo ou amostra de fluido oral (saliva), e fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos.
Laboratoriais: são feitos com coleta de sangue da veia e o material é encaminhado para um laboratório.
É recomendado que o teste de HIV seja feito com regularidade e, principalmente, caso haja uma situação de risco, como ter feito sexo sem camisinha. Nesse caso, há o protocolo da profilaxia pós-exposição de risco ao HIV (PEP), que deve ser buscado em até 72 horas após a exposição.
Prevenção contra o HIV
Além do uso de camisinha, outra forma de prevenção contra o HIV, é fazendo uso da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), que consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual. Essa medicação prepara o organismo para enfrentar um possível contato com o HIV.
Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) previne infecção pelo HIV
Reprodução/EPTV
A pessoa em PrEP realiza acompanhamento regular de saúde, com testagem para o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Para aderir à PrEp, basta procurar um serviço de saúde e verificar se há indicação para o uso.
Dezembro Vermelho
A partir deste domingo (1º), inicia-se a campanha Dezembro Vermelho, uma mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTs, chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe