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Por que fico tão ansioso depois de beber? Conheça a ciência por trás da ‘hangxiety’

By 30 de outubro de 2024No Comments

Neste artigo, Blair Aitken, pesquisador de pós-doutorado em psicofarmacologia, e Rebecca Rothman, doutoranda em psicologia clínica, explicam como lidar com a “ansiedade da ressaca”.
Racool_studio no Freepik
Você teve uma ótima noite, mas, na manhã seguinte, a ansiedade bate: seu coração dispara e você repete na cabeça todas as conversas da noitada anterior. Essa sensação, conhecida como ansiedade da ressaca ou “hangxiety”, afeta cerca de 22% das pessoas que bebem socialmente.
🥴 Enquanto para algumas é um leve nervosismo, para outras é uma onda de inquietação que parece impossível de ser superada. As “angústias de domingo” podem fazer com que você se sinta em pânico, com muito medo e incapaz de relaxar.
🍺 A ansiedade da ressaca pode fazer com que até mesmo as tarefas mais simples pareçam esmagadoras. Veja por que isso acontece e o que você pode fazer a respeito.
O que o álcool faz com nosso cérebro?
A ressaca é a maneira de o corpo se recuperar após o consumo de álcool, trazendo consigo uma série de sintomas.
🍻A desidratação e a interrupção do sono desempenham um papel importante nas fortes dores de cabeça e náuseas que muitos de nós conhecemos muito bem depois de uma noitada. Mas as consequências não são apenas físicas – há também um forte lado mental.
🥺 O álcool é um depressor do sistema nervoso, o que significa que ele altera o comportamento de determinados mensageiros químicos (ou neurotransmissores) no cérebro. Ele relaxa aumentando o ácido gama-aminobutírico (GABA), o neurotransmissor que o deixa calmo e reduz as inibições. Também, diminui o glutamato, que desacelera seus pensamentos e ajuda a deixá-lo em um estado mais relaxado.
Em conjunto, essas interações afetam o humor, as emoções e o estado de alerta. É por isso que, quando bebemos, geralmente nos sentimos mais sociáveis, despreocupados e dispostos a baixar a guarda.
À medida que os efeitos da bebida passam, seu cérebro trabalha para reequilibrar essas substâncias químicas, reduzindo o GABA e aumentando o glutamato. Essa mudança tem o efeito oposto ao da noite anterior, fazendo com que o cérebro se torne mais excitável e superestimulado, o que pode levar a sentimentos de inquietude.
Então, por que algumas pessoas têm ansiedade de ressaca, enquanto outras, não? Não há uma resposta clara para essa pergunta, pois vários fatores podem influenciar o que alguém sente relacionado à ressaca.
Álcool x cirurgia bariátrica: entenda por que histórico de alcoolismo pode fazer o paciente ser vetado do procedimento
Os genes desempenham um papel importante
Para alguns, é simplesmente uma questão de quanto beberam ou de quão hidratados estão. Mas a genética também pode desempenhar um papel importante. Pesquisas mostram que seus genes podem explicar quase metade do motivo pelo qual você acorda com ressaca, enquanto seu amigo, talvez, não sinta o mesmo.
Como os genes influenciam a maneira como seu corpo processa o álcool, algumas pessoas podem apresentar sintomas mais intensos, como dores de cabeça ou desidratação. Esses efeitos físicos mais fortes podem, por sua vez, desencadear ansiedade durante a ressaca, tornando-o mais suscetível à “ansiedade de ressaca”.
Você se lembra do que disse na noite passada?
Um dos culpados mais comuns pela aflição no dia seguinte costuma ser o que você faz enquanto bebe.
Digamos que você tenha tido uma grande noite e não consegue se lembrar de uma conversa que teve ou de algo que fez. Talvez você tenha agido de uma forma da qual, agora, se arrepende ou se sente envergonhado. Você pode se fixar nesses pensamentos e ficar preso em um ciclo de preocupação e ruminação. Esse ciclo pode ser difícil de quebrar e pode fazer com que você se sinta mais ansioso.
Pesquisas sugerem que as pessoas que já lutam com sentimentos de ansiedade no dia a dia são especialmente vulneráveis.
Algumas bebem álcool para relaxar após um dia estressante ou para se sentirem mais confortáveis em eventos sociais. Isso, geralmente, leva a um consumo mais intenso, o que pode tornar os sintomas da ressaca mais graves. Isso também pode iniciar um ciclo de beber para se sentir melhor, tornando ainda mais difícil de escapar dos sintomas.
Prevenção da ansiedade da ressaca
A melhor maneira de evitar a ansiedade da ressaca é limitar o consumo de álcool. As diretrizes australianas recomendam não beber mais do que dez doses padrão por semana e não mais do que quatro doses padrão em um único dia.
Geralmente, quanto mais você bebe, mais intensos podem ser os sintomas da ressaca e pior você, provavelmente, se sentirá.
A mistura de outras drogas com álcool também pode aumentar o risco de ansiedade. Isso é especialmente verdadeiro no caso de drogas para festas, como ecstasy ou MDMA, que proporcionam uma euforia temporária, mas podem levar à ansiedade à medida que o efeito passa e você começa a se sentir mal.
Se você acordar se sentindo ansioso:
concentre-se na recuperação física para ajudar a aliviar a tensão mental
beba bastante água, faça uma refeição leve e dê a si mesmo tempo para descansar
experimente a meditação mindfullness ou exercícios de respiração profunda, especialmente se a ansiedade o mantiver acordado ou se sua mente estiver acelerada
considere a possibilidade de escrever em um diário. Isso pode ajudar a reenquadrar os pensamentos ansiosos, colocar seus sentimentos em perspectiva e incentivar a autocompaixão
converse com um amigo próximo. Isso pode lhe proporcionar um espaço seguro para expressar suas preocupações e se sentir menos isolado.
A ‘hangxiety’ é uma convidada indesejável depois de uma noitada. Entender por que ela ocorre – e como você pode controlá-la – pode tornar a manhã seguinte um pouco menos assustadora e ajudar a manter esses pensamentos aflitivos afastados.
Existe bebida alcoólica que dê mais ou menos ressaca?

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Queremos ter você de volta!

O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe