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Sabesp encontra pinos de cocaína em acesso à rede de esgoto durante ação contra vazamentos no litoral de SP

By 6 de janeiro de 2025No Comments

Imagens registradas em Santos (SP) foram compartilhadas por um vereador da cidade. Diversos moradores e turistas da Baixada Santista têm apresentado quadro de virose e o extravasamento de esgoto no mar tem sido apontado como a causa do problema. Em manutenção da empresa, foram encontrados os tubos que armazenam a droga. Lixos e diversos pinos de cocaína foram encontrados em poço de visita no cruzamento de avenidas em Santos, SP
Redes Sociais
Uma grande quantidade de pinos plásticos usados para armazenar cocaína, além de uma garrafa de bebida alcoólica, foram encontrados em um poço de visita da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) durante uma manutenção para conter um vazamento no sistema de esgoto. As imagens foram compartilhadas pelo vereador Benedito Furtado (PSB).
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O material poluente foi encontrado em um poço no cruzamento das avenidas Waldemar Leão com a Rangel Pestana, em Santos, no litoral de São Paulo. O acesso é usado por profissionais da Sabesp para vistorias e manutenções na rede de esgoto.
Nos últimos dias, a empresa foi notificada pela Prefeitura de Guarujá sobre um possível vazamento na rede de esgoto no mar, que teria dado origem ao aumento nos casos de virose na Baixada Santista. A Prefeitura de Itanhaém também abriu procedimento administrativo contra a companhia pelo extravasamento de esgoto.
As imagens com os pinos de cocaína foram registradas na última sexta-feira (3) em Santos, onde os casos de virose também aumentaram significativamente entre dezembro e janeiro.
Embora a droga não tenha ligação com a virose, os pinos no poço servem de indício para outros problemas encontrados no mar e revelados em pesquisa, como o alto índice de cocaína — foram detectados 500 nanogramas de cocaína a cada litro de água (leia mais abaixo).
Para o vereador Furtado, a situação revela o quanto a população está suscetível à poluição por cocaína. “Nunca tinha visto tanto. Isso é um perigo na poluição das nossas praias, dos nossos canais […] fiquei abismado”.
Lixos e diversos pinos de cocaína foram encontrados em poço de visita no cruzamento de avenidas em Santos, SP
Redes Sociais
Em nota, a Sabesp informou que realizou a manutenção no sistema de esgoto, solucionando o problema em questão, e alertou que o descarte incorreto de matérias – como embalagens plásticas, lenços, cotonetes, preservativos e gordura, por exemplo, por meio de vasos sanitários, pias ou tanques, prejudica o funcionamento da redes coletoras.
A empresa disse, ainda, que realiza regularmente a limpeza das tubulações na Baixada Santista, removendo resíduos dos sistemas de esgotamento sanitário por meio dos poços de visita.
Contaminação por cocaína
O professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Camilo Dias Seabra Pereira, coordenador de estudos relacionados à presença de cocaína no mar, analisou as imagens obtidas pelo g1 e afirmou que os pinos de cocaína aparecem em todo lugar em Santos.
“Não me causa estranheza [a situação da foto], pois basta caminhar pela areia da praia em Santos, pela orla, que a gente encontra diversos pinos de cocaína em todo lugar”, disse.
Para ele, a situação da imagem evidencia o uso do entorpecente na Baixada Santista. Pereira relembrou do Réveillon, que atrai milhares de visitantes à região. “Sem dúvida é o momento do ano de maior uso dessa droga, e a gente já tem estudos mostrando isso”.
Ele disse que o eppendorf é um material de laboratório usado pelos pesquisadores, mas que foi descoberto pelos traficantes e são usados para armazenar a droga, daí vem o termo: Pino de cocaína.
O especialista explicou que os pinos plásticos usados para armazenar cocaína apresentam dois problemas ambientais. Além dos efeitos tóxicos remanescentes da substância, que são significativos, o plástico em si também é altamente tóxico, representando um resíduo perigoso para os rios e mares. Assim, a combinação de plástico e cocaína gera um impacto ambiental considerável.
Mar contaminado 🌊
Em 2014, pesquisadores iniciaram o monitoramento na baía de Santos e observaram a presença de cocaína e fármacos concentrados em determinadas áreas. A pesquisa coordenada por Pereira concluiu que essas substâncias estão presentes durante todo o ano na água.
“Em todas as estações encontramos tanto a cocaína quanto metabólicos. As maiores concentrações foram no carnaval de 2014. As quantidades de cocaína na água já estão próximas das que causam efeitos em organismo marinhos, que é na ordem de 200 a 2.000 nanogramas por litro, ou seja, para cada 1 litro de água, são 500 nanogramas de cocaína”, explica Seabra.
A partir dos primeiros estudos que comprovaram essas substâncias no mar, os pesquisadores se aprofundaram no tema e estudaram quais os efeitos biológicos e o risco ambiental das drogas nos ambientes costeiros. Eles fizeram a coleta e a quantificação da cocaína em laboratório, assim como a avaliação da toxicidade aguda e crônica das drogas em mexilhões.
Alteração no DNA 🧬
Ostras expostas à cocaína no mar sofrem alteração no DNA no litoral de SP, diz estudo
Andressa dos Santos Barbosa Ortega
Pesquisadores encontraram cocaína e benzoilecgonina [substância derivada da droga, que é liberada pelo organismo] em mexilhões de três praias entre Santos, São Vicente e Guarujá. Além dos moluscos, foram analisadas amostras de água e areia, onde também foram achadas as substâncias ilícitas.
A gente viu alteração no DNA. A cocaína causou alterações no DNA dos mexilhões, descreveu a pesquisadora Mayana Karoline Fontes.
Pereira, que também coordenou este estudo, disse que, inicialmente, a baía de Santos foi monitorada durante cada estação do ano para verificar a qualidade da água. Em todas foram confirmadas a presença da cocaína e de benzoilecgonina.
A coleta dos mexilhões ocorreu durante a primavera, quando se reproduzem. De acordo com o coordenador, eles precisam das gônadas dos moluscos, que são como os órgãos reprodutivos.
Essas gônadas servem como biomarcadores, ou seja, indicam respostas sobre uma eventual contaminação por cocaína. “Não só do ponto de vista químico, mas microbiológico, esses animais não têm qualidade para o consumo humano”, disse Pereira.
Ostras contaminadas 🦪
Ostras expostas à cocaína no mar sofrem alteração no DNA no litoral de SP, diz estudo
Arquivo Pessoal
As ostras também foram alvo de estudo. De acordo com a pesquisadora Andressa dos Santos Barbosa Ortega, sob orientação de Pereira, assim como o estudo acima que mostrou alteração no DNA de mexilhões expostos à cocaína, as ostras também apresentaram danos neste quesito.
“Observamos também um aumento do estresse, sistema antioxidante ineficiente e danos a membranas”, descreveu Andressa.
De acordo com ela, estas alterações podem comprometer a saúde dos organismos, levando a desequilíbrios ambientais no futuro. Agora, o grupo pretende iniciar avaliações de risco relacionados ao consumo de pescado contaminado.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe