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STF recebe primeiras defesas dos denunciados por envolvimento em tentativa de golpe

By 6 de março de 2025No Comments

Advogados protocolaram a defesa de Bolsonaro por denúncia de golpe. Eles criticam a atuação do ministro Alexandre de Moraes e a delação de Mauro Cid e pediram a anulação das provas. Advogados de denunciados por tentativa de golpe apresentam defesa ao STF
Os advogados dos denunciados pela Procuradoria-Geral da República por tentativa de golpe de Estado começaram a apresentar a defesa ao STF – Supremo Tribunal Federal.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou em fevereiro o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado em 2022. O relator do caso no STF – Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, então, notificou os acusados para apresentarem a defesa prévia. Eles tiveram 15 dias de prazo contado a partir da notificação. A defesa prévia é o momento que os advogados têm para contestar as acusações da PGR.
Nesta quinta-feira (6), venceu o prazo para a maioria dos acusados. Já apresentaram a defesa prévia: os coronéis Cleverson Magalhães, Bernardo Romão Corrêa Netto, Marcelo Câmara e Márcio Nunes de Resende Jr; o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior; e Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal.
As defesas deles pedem a rejeição da denúncia alegando questões processuais; pedem que o ministro Alexandre de Moraes se declare suspeito para julgar o caso porque, segundo a própria denúncia, ele seria um dos alvos da trama ou que o Supremo o julgue impedido. Alegam também que o Supremo não é o tribunal adequado aos casos, já que os acusados não têm foro privilegiado; e argumentam que não tiveram acesso integral às provas e que a PGR não conseguiu comprovar a prática dos crimes.
Nesta quinta-feira (6) também terminou o prazo de defesa prévia da maioria dos acusados de fazer parte do núcleo crucial da organização criminosa descrita na denúncia. Na lista estão o deputado federal Alexandre Ramagem, do PL, ex-diretor da Abin – a Agência Brasileira de Inteligência; o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; e o ex-ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira. Eles são acusados pela PGR de cinco crimes: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Heleno, Ramagem e Paulo Sérgio seguiram a mesma linha de defesa de outros acusados: pediram a rejeição da denúncia alegando falta de provas contra eles, a suspeição de Alexandre de Moraes e a incompetência do Supremo para julgar o caso.
Para o ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier e o ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro, Braga Netto, o prazo vai até esta sexta-feira (7). Braga Netto é acusado de participar diretamente da organização de ações para impedir a posse de Lula.
A defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, reafirmou expressamente todo o conteúdo fático dos depoimentos de Mauro Cid. Ele fechou acordo de delação premiada. A defesa pediu a rejeição da denúncia contra ele, alegando que Cid só repassava as informações e não participou do plano golpista.
Agora, o relator, ministro Alexandre de Moraes, vai avaliar se as defesas apresentaram documentos novos e se o procurador-geral da República deve se manifestar sobre o caso mais uma vez. Em seguida, Moraes vai preparar o voto dele sobre cada um dos acusados e depois levar o caso para julgamento na Primeira Turma do Supremo, que vai decidir se os acusados viram réus e passam a responder pelos crimes, ou se arquiva as denúncias.
STF recebe primeiras defesas dos denunciados por envolvimento em tentativa de golpe
Jornal Nacional/ Reprodução
Bolsonaro
Os advogados de Jair Bolsonaro protocolaram na noite desta quinta-feira (6), às 20h28, a defesa do ex-presidente, e pediram que o julgamento saia da Primeira Turma do Supremo – com cinco ministros – e que seja realizado no plenário, com todos os 11 ministros.
Os advogados afirmaram ainda que há cerceamento da defesa, já que não possuem a íntegra dos depoimentos e das chamadas mídias – as gravações e trocas de mensagens entre os investigados; que a quantidade de documentos é enorme, impedindo a compreensão total da acusação.
A defesa disse também que parte da investigação tramitou sem a participação da PGR e por meio de decisões monocráticas – o que, segundo a defesa, contaminou a atuação do ministro relator Alexandre de Moraes e deve acarretar a nulidade do processo.
A defesa declarou ainda que a delação premiada de Mauro Cid contém vícios e é marcada por mentiras, omissões e contradições; e que, na denúncia, a PGR apresentou várias narrativas para que o STF escolha a mais adequada para condenar os acusados.
Os advogados negam a participação do ex-presidente no plano de sequestrar e matar autoridades e planejar ou ordenar o 8 de janeiro. Por fim, a defesa de Bolsonaro pede a anulação de todos os atos e a rejeição da denúncia.
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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe