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Turista morta ao entrar em favela por engano ficou no Rio por poucas horas: foi à praia e levou tiro a caminho de uma festa

By 31 de dezembro de 2024No Comments

Diely Silva foi morta na noite de sábado (28), após pedir um carro de aplicativo e entrar por engano no Fontela, uma pequena comunidade que atualmente é dominada pelo Comando Vermelho. Diely da Silva, de 34 anos, morreu na estrada Benvindo de Novaes, em Vargem Pequena, no Rio
Reprodução redes sociais
A turista Diely Silva, de 34 anos, morta ao entrar por engano em uma favela na Zona Oeste do Rio, ficou na cidade por aproximadamente 12 horas. Moradora de Jundiaí, no interior de São Paulo, Diely nasceu na Bahia e trabalhava como gerente de Contabilidade fiscal.
Ela estava no Rio com mais três amigas passar o réveillon na cidade. O grupo chegou no sábado pela manhã. Logo depois de deixar as malas no apartamento que alugaram, em um condomínio em Vargem Pequena, na Zona Oeste, foram aproveitar o dia na praia.
À noite, a programação do grupo era aproveitar uma festa no bairro da Gávea, na Zona Sul.
Por volta das 21h de sábado, elas pediram dois carros de aplicativo. As quatro amigas se dividiram em dois carros. Um dos motoristas foi pela Estrada dos Bandeirantes. O outro, que levava Diely e uma amiga, seguiu a indicação do GPS e acabou entrando por engano na comunidade do Fontela.
A favela fica a poucos metros do condomínio onde elas estavam. Assim que entrou na comunidade, o carro foi recebido a tiros pelos traficantes. Pelo menos três disparos acertaram o veículo.
A turista Diely Silva, de 34 anos, morta ao entrar por engano em uma favela na Zona Oeste do Rio, ficou na cidade por aproximadamente 12 horas.
Reprodução redes sociais
Diely foi baleada no pescoço e morreu ainda dentro do veículo. O motorista foi atingido nas costas, mas conseguiu dirigir até uma viatura da PM que estava próxima. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.
O motorista foi atendido na unidade hospitalar e liberado. Contudo, a bala continua alojada no corpo do trabalhador. A amiga de Diely não se feriu.
Postagem na praia e críticas ao Rio
Essa não foi a primeira vez de Diely no Rio de Janeiro. Em várias postagens em suas redes sociais, a baiana aparece em pontos turísticos da cidade.
Turista morta ao entrar em favela por engano ficou no Rio por poucas horas: foi à praia e levou tiro a caminho de uma festa
Reprodução redes sociais
No sábado, horas antes de ser baleada, ela postou na praia: “Oi Rio”. Após a sua morte, dezenas de pessoas decidiram se manifestar nos comentários de suas fotos, a maioria criticando a violência na cidade.
“Rio de Janeiro? Não quero conhecer nem em sonho”, escreveu Jose Antonio.
“Sempre fui contra viajar ao Rio, desde criança. Hoje o RJ está parecendo zona de guerra! Não sei como conseguem dormir em um lugar desse. Eu não teria paz pra nada”, disse Fe Lovato.
Entre os comentários, o carioca Luck Veloso disse que se sente envergonhado.
“Nós cariocas nos sentimos envergonhados. Nossos visitantes (e nós mesmos) merecemos mais segurança. Meus sentimentos à família e amigos”, disse ele Veloso.
Comunidade já foi pacata
A comunidade do Fontela, em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio, onde a turista baiana Diely Silva, de 34 anos, foi baleada e morta no último sábado (28), atualmente é controlada por traficantes do Comando Vermelho. Porém, a região também já foi reduto da milícia.
Segundo informações de inteligência da Polícia Militar, o local foi invadido e dominado pelo Comando Vermelho há um ano.
Antes pacata, comunidade Fontela, onde turista foi baleada, é alvo de disputa entre bandidos
Pouco conhecida e quase nunca citada como uma área violenta do Rio, o Fontela chamou atenção das autoridades pela morte da turista baiana. Contudo, os moradores da região já observam o crescimento da criminalidade no local há mais tempo.
A favela, que vem crescendo em direção à mata que é característica do bairro de Vargem Pequena, fica perto de vias importantes da cidade, como a Estrada dos Bandeirantes e a Benvindo Novaes.
Motorista presta depoimento
Em depoimento na delegacia, Anderson, o motorista do veículo baleado, disse que não houve ordem de parada e que não viu de onde vieram os tiros.
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga as circunstâncias do homicídio. No começo da manhã desta segunda-feira (30), policiais saíram para fazer novas diligências onde Diely foi morta. Eles buscam por mais informações que ajudem a identificar o autor do disparo.
Carro onde estava a turista Diely da Silva e o motorista de aplicativo, Anderson Pinheiro
Reprodução/TV Globo
Ainda na noite de sábado, poucas horas depois do crime, a PM foi acionada para uma operação na favela, e houve troca de tiros com a chegada do blindado. A Delegacia de Homicídios entrou em seguida.
O corpo de Diely já foi liberado, e o velório deve acontecer nesta segunda-feira em Candiba, na Bahia, cidade onde Diely nasceu e onde vivem os pais dela.
A tia da turista lamentou a morte de Diely, que ficou no Rio de Janeiro menos de um dia e descobriu como a violência na cidade pode ser fatal.
“Nossa menina, nossa princesa. Criada com tanto amor, tanto carinho. Tão esperta, linda e cheia de vida. Um amor de menina”, relembrou a tia de Diely.
Diely da Silva, de 34 anos, morreu na estrada Benvindo de Novaes, em Vargem Pequena, no Rio
Reprodução redes sociais

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O time campeão em 1972

O time campeão em 1972

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

1. Geraldo Brito, Administração; 2. Dr. Paulo Menezes, Serviço Médico; 3. Hélio Buani, diretor Industrial da Gráfica; 4. Vavá, Coordenação; 5. Melão,Melinho, Manutenção Industrial; 6. Juarez, convidado; 7. Érito, Chaveirinho, Paraguaio; 8. Manoel, goleiro, filho do Dr. Ary, dentista do Serviço Médico; 9. Sinézio, goleiro, Manutenção; 10. Eraldo, Impressão Tipográfica; 11. Eurípedes Maninho, Linotipo; 12. Ximenes, Fotolito; 13. César, convidado; 14. Luis Mendonça, mascote, filho do Luis do Trombone, porteiro da Gráfica; 15. Eduardo, Expedição; 16. Celino, convidado; 17. Dazinho, convidado; 18. Walmir, Administração; 19. Tião, Manutenção.

Um passeio em Paquetá

Associação Atlética Senado Federal

Um passeio em Paquetá

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Pelos idos dos anos 1950, os colegas do Senado, sócios da Associação Atlética Senado Federal – ô povo bom de se associar, esses funcionários do Senado – marcaram uma partida de futebol e passeio em Paquetá, ilha na baía de Guanabara. Quem nos faz o relato é Arnaldo Gomes, ex-diretor da Gráfica do Senado: “Foi o time dos funcionários do Senado, o mascote sou eu! à frente de meu pai João Aureliano (1). Reconheci o Velho Madruga (2), que era o presidente da associação, o Arnaldo da Contabilidade (6), o goleiro Darione (3), irmão do Nerione, Zezinho (4) de gorro, Diretor das Comissões e Luiz Monteiro (5) que também veio para Brasília e foi um inesquecível diretor Administrativo do Senado. A foto deve ser de 1950, quando os servidores do Senado foram jogar em Paquetá. Viajamos numa sexta, depois do expediente no Palácio Monroe e voltamos domingo à tarde para o Rio de Janeiro. Do resultado do jogo eu não lembro, mas foi uma diversão.”

Associação Atlética Serviço Gráfico

Associação Atlética Serviço Gráfico – AASG

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Muito se fala do porquê do encerramento das atividades da associação do Serviço Gráfico. Há duas versões que explicariam o encerramento das atividades que levou, por consequência, ao fim do time de futebol.
Para Sinézio Justen da Silva, goleiro titular do time campeão de 1972, algumas regalias que eram dadas para os profissionais gráficos, atletas, criavam um certo mal- estar entre os servidores. “Por conta das partidas, os jogadores saíam antes de terminado o expediente para treinar e ainda havia a concentração que era feita nos hotéis do Setor Hoteleiro Norte, levando a que os outros colegas reclamassem do tratamento dado a quem atuava no time de futebol”, diz o mineiro de Juiz de Fora que havia chegado a Brasília pouco antes de passar a formar no time da Gráfica.
Há os que dão a explicação mais simples, dizendo que a Assefe passara a aceitar a filiação de servidores da Gráfica o que deixava com função menor a AASG o que poderia levar ao seu esvaziamento. Diante dessa possibilidade a associação foi extinta em 1973.

Eraldo!

Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!
Conheci Eraldo no início da década de 1990. Cearense, já não portava o corpo de um atleta de futebol da AASG que o técnico Rui Márcio colocava tanto no ataque – e era goleador – quanto na defesa. Sandália de couro, aquela que o nordestino incorpora como poucos ao uniforme do dia a dia, bom de conversa, ele me contava histórias de sua vida nos campos de futebol por Brasília. Se empolgava narrando suas atuações e me falando de nomes que se perderam na minha memória. Talvez minha memória não desse conta de que eu ouvia relatos que expressavam a cultura de um grupo profissional. Do tempo em que a impressão tipográfica tinha sua importância na Gráfica, Eraldo era exímio em sua função. Mas enquanto o braço da máquina subia e descia, ele tinha tempo para mostrar com o movimento de suas mãos o desenho de uma jogada.
Contava-me aos risos a atuação de seu irmão, lateral esquerdo, marcando Garrincha em um amistoso em Fortaleza. Irmãos, mãe, todos foram ao estádio assistir, mas o craque da família jogou só o primeiro tempo. Acabou substituído com o short rasgado pelo tanto de movimento que fazia na tentativa de marcar o 7 botafoguense. Ria solto lembrando dos gritos que dava para incentivar o irmão, “entra duro, não dê chance!”.
Um dia Eraldo pegou sua bolsa, recolheu seu jaleco azul de impressor e nunca mais nos vimos.
Deixou uma história de jogador, de impressor tipográfico, de bom colega.
Obrigado por todas as histórias.
Um abraço, Eraldo!

Joberto Sant’ Anna

Presidente da Assefe