Marcado para 15h30, o velório de Ana Rosa Rodolfo de Queiroz Brandão (foto em destaque), 49 anos, será neste sábado (1º/3), no Cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso (GO). Após a cerimônia, o corpo dela será cremado, às 17h30. A motorista de aplicativo morreu após ser estrangulada com nailon e levar uma facada no Cruzeiro Velho, durante uma corrida nessa quarta-feira (26/2).
Natural de Cristalina (GO), Ana Rosa morava em Valparaíso, no Entorno do Distrito Federal, e trabalhava como motorista de aplicativo desde a pandemia, quando perdeu o emprego em uma empresa terceirizada que prestava serviços na Esplanada dos Ministérios. Ela deixa o marido e dois filhos, de 23 e 14 anos.
Veja imagens da vítima:
As investigações revelaram que o passageiro Antonio Ailton da Silva, que se apresentava como pastor, encontrou Ana Rosa na Rodoviária do Plano Piloto e pediu a ela por uma corrida informal até Valparaíso, por R$ 35. A vítima teria aceitado, porque morava no município e aproveitaria para encerrar o dia de trabalho.
Durante o trajeto, o criminoso atacou a vítima, o carro dela bateu na altura da Quadra 4 do Cruzeiro Velho, e Ana Rosa não resistiu. A motorista chegou a ligar para o marido, pediu socorro e disse estar morrendo, segundo depoimento obtido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O Corpo de Bombeiros (CBMDF) e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram acionados para o local do crime, mas a vítima morreu. Antonio Ailton tentou fugir, mas acabou preso pouco depois, na Quadra 504 do Sudoeste.
Testemunhas perceberam que ele estava com uma pasta na mão e, até o momento, não há informações sobre o que ele guardava. Contudo, o item seria dele, segundo as investigações.
Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio – roubo seguido de morte. Porém, o delegado-chefe da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro Velho), Victor Dan, afirmou durante entrevista coletiva, nessa quinta-feira (27/2), haver “grande possibilidade de reclassificação do crime para feminicídio”, pois Antônio Ailton não levou qualquer objeto de Ana Rosa consigo.
Também é considerada na mudança da linha de investigação o fato de o autor ter tentado matar a ex-companheira e a amiga dela um dia antes.